terça-feira, 9 de março de 2010



O FELIPE EM TRAJE DE GALA
PRONTO PARA A BALADA A
RIGOR.....CHIQUÉRRIMO....


Eu o meu filho André na Festa de Fim de Ano da Empresa.......

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Ninguém escreve mais assim.........

Morena-clara, alta, muito bem lançada, tinha braços e pernas roliços, musculosos, punhos e tornozelos finos, mãos e pés aristocraticamente perfeitos, terminados por unhas róseas, muito polidas.
Por sob os seios rijos, protraídos, afinava-se o corpo na cintura para alongar-se um uns quadris amplos, para arredondar-se de leve em ventre firme, ensombrado inferiormente por velo escuro e abundantissimo....

Era uma mulher formosa.....

" A Carne"... de Julio Ribeiro

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Uma vida Dura.......

1º.Parte Os meus problemas

Pois é, fiquei de “saco cheio”, e como diz a bicha louca “Cansei”.
Pare o mundo que eu quero descer...
Estou com muitos problemas emocionais, pessoais, sentimentais, existenciais e todos os outros “ais” que existem.
Acabei ficando psicótico, neurótico, esquizofrênico, depressivo e esquizogenético.
(você já ouviu falar dessa doença?).
Apesar de ter descoberto as minhas doenças pela Internet no “site” do Google, resolvi pedir ajuda aos discípulos de Freud, Jung e “companhia limitada” a fim de confirmar as minhas suspeitas.
Foram inúmeras sessões de análise, remédios tarja-preta, vermelha, terapia de grupo, ludo terapia e nada. Os meus problemas continuavam, com um agravante, eu agora estava com sérios problemas financeiros. Fiquei duro e devendo para tudo que era médico.
Fugi das consultas e dos telefonemas das secretárias.
Sem alternativa, apelei para a Macumba, tomei passe de caboclos, preto-velhos, pomba-gira, exus, fiz despacho na encruzilhada, tomei banho de ervas, bosta de bode preto, acendi velas, tomei cachaça, fumei charutos, assisti missa de sétimo dia de defunto estranho, acendi velas a meia-noite no cemitério, quase fui preso, e nada.
Meus problemas continuavam.
Até que, uma amiga maluca, uma “hippe” atrasada uns trinta anos, chapada de erva, me explicou e me garantiu que todos os meus problemas estavam relacionados com o meu karma, ou seja, eu havia saído da minha “estrada de destino”.
Coisa muito complicada.
Após essa milagrosa descoberta, foi uma romaria sem fim a cartomantes, tárologas, jogadoras de Búzios, videntes, especialistas de I Ching, numerólogos até que uma cigana de Sergipe, chamada Soraya do Iberí, que mora em Itaquera no Jardim dos Perdões, na Rua quatro, quadra 13, numero 666, casa 8B “fundos”, descobriu o meu destino.
------Meu filho, você nasceu para o Mundo, a sua vida só entrará nos eixos quando você se dedicar de corpo e alma a humanidade. O seu destino é ajudar o próximo, lutar e trabalhar por causas nobres e humanitárias. Só assim você será feliz e sua vida será repleta de alegria e felicidade.
------Porém, sempre tem um, porém, você não poderá pensar em recompensas. Faça o seu trabalho e o Universo se encarregará de lhe dar a devida recompensa.
Durma com um barulho desses...
E agora o que eu iria fazer. Largar tudo, ir pra um Mosteiro Tibetano meditar sobre as grandes questões da vida? Ir para Uganda, trabalhar junto aos refugiados de guerra ou o Casaquistão.

Em fim, eis a questão, que caminho tomar?

E assim, após tomar um monte de rabo-de-galo com cerveja com a minha amiga “hippe” fui dormir “chapado” pensando em que rumo dar a minha triste vida, sem antes pedir uma orientação por telefone ao serviço de SOS da Igreja Universal do Reino de Deus, ação que logo se mostrou totalmente ineficiente, uma vez que, a atendente não entendeu o meu problema e ainda por cima me pediu uma oferta de 50 reais.
Eu tentei faze-la entender que talvez se a gente desse uma saidinha, qualquer noite, eu poderia recompensá-la com até mais um pouquinho.
Eu não entendi nada quando ela começou a dizer que eu estava possuído.Só me faltava essa.

Dormi como um porco, sobre o efeito da mistura etílica.

Mas ao acordar, apesar da ressaca, o que aconteceu foi um verdadeiro milagre dos Deuses.
Acordei alegre, otimista, determinado e sabendo exatamente o que eu queria da vida.

Em 2010 eu vou me candidatar a uma vaga no Senado Federal,

vou ser SENADOR DA REPUBLICA.

Convencido do meu destino e certo que “nenhum grande homem vive em vão, sendo a história da Humanidade nada mais do que a biografia dos grandes homens”.
Essa frase, é claro que não é minha, é do Thomas Carline.

E convencido do meu ideal, eu iria sacrificar a minha vida privada, a minha família, as minhas namoradas, os meus amigos, os meus dias, a uma entrega voluntária e desinteressada.

Agora eu iria dedicar toda a minha vida a causa pública.



2º. Parte A minha vida de sacrifícios

Já antevendo o meu dia a dia, eu posso afirmar, com certeza, que não será fácil exercer a nobre missão de lutar e trabalhar para o próximo.
Segundas-feira é o dia o dia em que o Senador fica em sua sede eleitoral, portanto deverei chegar bem cedo ao meu gabinete, por volta das 10,30 da manhã, para doar o meu tempo aos meus eleitores.
Como todo Senador tem uma verba de 18 mil reais para custear o seu escritório político em sua base eleitoral eu terei uma equipe de assessoras, delicadas e gentis recrutadas e selecionadas “a dedo” para acompanhar e encaminhar os problemas e questões mais elementares.
Ficarei com os assuntos mais importantes, ou seja, receber banqueiros e empresários com problemas nas instituições governamentais, concorrencias etc...
Afinal a máquina não pode parar.
Os banqueiros precisam continuar cobrando os módicos e irrisórios juros para financiar a produção.
É assim que funciona.
É lamentável que o grande público não saiba que o que acaba sobrando para um banqueiro é um “nadinha de nada”, pelo menos é o que me disse um triste banqueiro, tirando baforadas do seu cubano, a beira do tombadilho do seu iate de 120 pés, ancorado no Porto de Galinhas, rodeado pelas suas lindas e eficientes secretárias de bordo.
Bem, ao meio dia eu devo ter algum compromisso importante, almoçar com algum Deputado Estadual ou até Federal que esteja na base, para discutir problemas nacionais e estaduais. Como eu devo, nessa altura, estar de regime, vou sugerir um Bistrô Francês onde às refeições fugazes (deve ser aquelas que não dão gases) são leves, simples e baratas
Vou tirar à tarde para cortar o cabelo, fazer as unhas e arrancar uma unha encravada do dedão do pé esquerdo que me incomoda muito na hora de subir a tribuna para pronunciar os meus discursos sobre os mais graves problemas nacionais.

À noite vou comparecer a uma “noite de autógrafos”, lançamento de um livro de um jovem escritor esotérico, amigo da “hippe chapada” que abriu os meus caminhos para uma vida espartana, que relata sua experiência mística com as folhas de coca na Bolívia junto aos índios, Aimarás, afinal, um Senador da Republica deve prestigiar sempre a cultura e os jovens escritores.
Vou convidar para me acompanhar, a jovem-senhora pedicura que arrancou com uma delicadeza extrema a minha unha encravada e ainda por cima, aplicou gratuitamente uma eficiente massagem relaxante. Tesão....desculpe eu quis dizer tensão.................Todo Senador vive tenso.
Terça-feira é dia de ir para Brasília bem cedo, no vôo das dez horas para ser mais exato. Muitas obrigações me esperam, conforme os e-mails que receberei dos meus assessores. Pontualmente o meu chofer, pago pela verba de gabinete local, estará na porta da minha casa alugada no bairro do Morumbi. Como serei um homem pobre, dedicado as causas do povo, mesmo como Senador da Republica, não terei condições de ter casa própria, nem financiada pelo BNH.
Detalhe: o meu voto não permite ter nenhuma propriedade. Explico depois
O proprietário da mansão, um rico empresário do ramo de entretenimento e diversão me fará um aluguel quase simbólico e o Lexus Sedan 300 s que utilizarei em São Paulo será também uma gentileza do dono de uma Concessionária que se tornará um grande amigo após a minha posse.
Eu devo fazer uma pausa no relato do meu dia a dia como Senador, para dar uma explicação sobre o meu desapego a qualquer bem pessoal .
Após a minha posse eu farei um ato público, um voto de pobreza junto aos Freis “Franciscanos” na Igreja de São Francisco de Assis.
Esse ato terá a cobertura de toda mídia televisiva e escrita e a Revista Caras terá a prioridade. Estarão presentes como testemunhas, não só os Freis Franciscanos como as minhas amigas Hebe Camargo, Ana Maria Braga, Adriana Galisteu, Viviane Araujo, Rogéria e o pessoal do Pânico na TV.
Continuando.
Chegando em Brasília o meu carro oficial estará a minha espera no Aeroporto, vou dar uma passadinha no Hotel onde fico hospedado, afinal, não vou utilizar um apartamento funcional, um bem público. O Senado fornece uma verbinha de 4 mil reais , um tipo de auxilio moradia, para os parlamentares que não queiram se utilizar de um bem do Estado.
Vou para o Congresso Nacional, onde os grandes problemas nacionais me esperam. Em meu gabinete, vou assinar alguns documentos importantes como, cartões de felicitações aos aniversariantes e noivos do mês, cartas de recomendações, fotos autografadas, etc.

Após o almoço, é claro na Bandejão oficial do Senado, vou a uma reunião da comissão permanente, da qual faço parte que por falta de coro não vai ser realizada. Os Senadores muitas vezes não comparecem as comissões ou ao plenário por motivos extremamente importantes, como por exemplo a inauguração de um bebedouro escolar, em uma escola pública que leva o seu nome.

Como não vai haver a tal da reunião de comissão, vou dar uma passadinha no plenário, onde um ilustre colega estará fazendo um importante discurso em prol da liberação da venda de camisinhas de Vênus em escolas publicas, através de maquinas “Vending Machines”.
Eu fiquei sabendo que o seu jovem filho de 35 anos é um promissor inventor, pois ele já patenteou um Maquina automática de venda de camisinhas. Depois dizem que a vida não tem coincidências, mesmo antes de o seu pai o ilustre senador entrar com o projeto de lei ele tinha patenteada a tal maquina. Como a vida é engraçada, tem certas coisas que não dá para entender.
Farei um Ok discreto com dedão da mão direita para o colega, esse é o sinal de apoio.
Logo um outro ilustre colega sentará ao meu lado, e cochichado ao meu ouvido esquerdo, por que pelo direito eu não ouvirei nada, em decorrência de um rojão que explodirá na minha orelha em pleno palanque quando eu aguardava a minha vez de discursar.

Em nota: A Cigana de Sergipe, a qual é a minha atual “guru” e conselheira espiritual, já previa esse acidente.

O nobre colega irá querer saber se eu conheço alguém na CBF, para dar uma forçinha ao seu time de futebol, o qual ele é Presidente para subir para 2º. Divisão. O que acontece é que ele já havia arrumado um grande patrocinador. Uma grana alta que ele irá disponibilizar 50% do valor ao clube para ser utilizado no Departamento de Futebol.
Os outros 50% ele está direcionado para uma Fundação, o qual ele também é Presidente.
“Eu não entendi bem para que serve essa Fundação, mas me pareceu algo muito importante, “tipo assim” Fundação Brasileira de Apoio a Pesquisa e a Cultivo do Cucurbitácea” (para os leigos essa palavra difícil quer dizer Chuchu)


Iria prometer, alias sempre prometo, é uma regra básica de qualquer parlamentar, que iria tentar dar uma mãozinha a ele. Afinal amanhã eu posso precisar do seu apoio em uma importante votação e como uma mão lava a outra e a duas... ..........como é mesmo esse ditado?...

Como o Plenário estará vazio, como sempre, volto ao meu gabinete oficial, onde encontrarei um clima bastante descontraído, cochichos para lá, cochichos para cá.
E como cochichar é uma coisa muito natural em política, não deverei dar muito importância.
Aquela agitação toda será porque á Belinha, uma assessora parlamentar lotada em meu gabinete, ex-miss suéter, ex-lider da torcida do Itumbiara Futebol Clube estará completando 22 aninhos, e os colegas querem fazer uma festinha surpresa. Claro que não vou me opor a qualquer festinha, principalmente a Belinha que está longe de casa, ela é de Goiânia, e sem dúvida estará com saudades da família.
Não irei me opor a pequena e singela comemoração como irei apóia e dar minha contribuição, ligando para um Bufê de Brasília, para encomendar os comes e bebes.
Coisas simples como Salmão, Caviar, Camarões, Patinhas de Caranguejo, Vinhos, Champanhe, Legitimo Escoceses 18 anos, Água, Refrigerantes etc.
Vou pagar com o Cartão de Crédito Coorporativo do Senado Federal, tudo direitinho, com Notas Fiscais, nada por debaixo do pano, tudo as claras e como deve ser. Honestidade acima de tudo.......

Sempre com o meu lema de campanha, “Nada para mim tudo para o povo”.

Como não tenho dinheiro para comprar um presente a altura da meiga, eficiente e dedicada assessora, não me resta alternativa, darei uma semana de licença remunerada com passagem de ida e volta a aniversariante para que ela possa descansar um pouquinho junto a sua família.
Alias o seu pai é um abnegado Juiz Federal muito amigo e a sua jovem mãe uma linda jovem senhora, deputada estadual que dedica todo o seu tempo em prol de uma nobre causa, incluir na lista de serviços cirúrgicos gratuitos do INSS o implante de silicone no seios e nas nádegas, como elemento fundamental para inclusão social da mulher brasileira. Sem dúvida terá todo o meu apoio.

Quando a festinha estiver no auge da animação e sairei de mansinho, afinal um Senador da Republica não pode inibir nem constranger os seus assessores com a sua presença, irei jantar no Pirandello, e com certeza encontrarei vários parlamentares, ocasião onde poderemos discutir assuntos ligados ao cenário político nacional e internacional.

Quarta feira é como direi, “um dia bravo”, onde no período da tarde em plenário, os discursos se sucedem em ritmo frenético. É emocionante de assistir, aqueles ilustres e respeitados parlamentares se sucedendo na Tribuna, concedendo apartes educadamente. É impressionante o nível dos debates, tudo na mais alta e distinta.
Como eu estou inscrito para discursar, vou ficar na parte da manhã, no Hotel para relaxar, eu costumo ficar um pouco nervoso toda vez que subo a Tribuna.
Coisa natural para um Senador de primeiro mandato, dizem os veteranos.
Na verdade vou apresentar uma monção para instituir e regularizar a profissão de Flanelinha. É uma causa que venho defendendo desde que assumi o meu mandato. É um projeto muito bem elaborado e hoje conta com perto de Cinco assinaturas de apoio.
Vou pedir o auxilio da minha secretária particular a Dna Neuza, que por sinal é filha da minha orientadora espiritual A Cigana Soraya, aquela Sergipana. Ela sempre me auxilia, quando preciso repassar um discurso importante.
Sempre fazemos isso na cobertura do Hotel, onde está localizada a piscina, é sem duvida, o melhor lugar, quase sempre solitário. Quando há muitos turistas na piscina , nós vamos para a sauna, assim matamos dois coelhos com uma machadada só... Acho que agora acertei o ditado.
Tomamos uma sauna e repassamos o discurso, e se ainda eu estiver nervoso, as mãos, quase milagrosas de Dna Neuza, se incubem de aplicar uma eficiente massagem. Suas massagens já ficaram famosos no Senado, muitos colegas me pedem que conceda umas horinhas da minha secretaria para acertar uma coluna fora de lugar, uma artrite, um mau jeito etc.

Após o meu discurso solene, ouvido com muita atençao pelos seis Senadores presentes no plenário, vou dar uma passadinha no gabinete de um colega de de "sacerdócio publico" para assinar a contratação de uma cunhada sua, em regime de comissão, não vamor nomear ninguém, afinal devemos zelar pelo dinheiro do povo. Esses atos nós chamamos de "Atos Secretos"......

É tão secreto que eu mesmo não sei direito como funciona.

A noite vou a uma festa no Itamarati.....As festas do Itamarati são ótimas. A festa é em homenagem a um diplomata, 3o.secretario da Embaixada da Letônia, um dos tres países da Republica Báltica. Vou levar a minha assesora Belinha como minha acompanhante. Fica muito mal ir sózinho.

Quinta-feira eu terei uma reunião na Anatel, tudo por conta de "um grande amigo" o Lima Laranjeiras, que está solicitando a concessão de uma estação de radio. Vou dar tudo de mim, usar toda a minha influência, "no bom sentido claro", para conseguir essa concessão para o meu amigão Laranjeiras, afinal, rádio é comunicação, informação e cultura.

Quinta-feira a noite voarei para São Paulo, ficar junto ao meu eleitorado sempre é um prazer, sempre devo ter em mente que os meus eleitores, são os responsáveis pelo o encontro com a minha missão e meu destino.

Chegando a São Paulo vou direto conversar com a minha conselheira espiritual, a Cigana Soraya, agora muito bem instalada em sua residencia-consultório no bairro da Mooca, graças a bondade de um grande amigo, comerciante de produtos Paraguaios. Como a casa é muito grande, ele só usa o porão para guardar um estoque estratégico de mercadorias, e a parte de cima ele cedeu gentilmente a minha conselheira.

Como ninguém é de ferro, preciso de descanso, vou ficar em casa, e aproveitar para tomar um vinho e relaxar na Jacuzzi.

Sexta-feira em São Paulo é um dia lotado de reuniões importantissimas, a primeira é com um empresario dono de uma "Casa de Saude", especializada em massagens terapeuticas, na Vila Nova Cachoeirinha que foi interditada pela Policia e pela Regional.

Vou cuidar pessoalmente do caso, foi um abuso de autoridade, além disso ele emprega mais de 20 massagistas, e com a crise mundial, onde essas competentes profissionais iram arrumar emprego. Além disso, são centenas de clientes, senhores respeitáveis com sérios problemas de coluna que ficaram sem um tratamento adequado. A saúde do meu povo em primeiro lugar.

Jurei lutar contra as injustiças que assolam o meu país.

Além das reuniões tenho que assinar um numero enorme de documentos importantes. Porém se voces acham que os meus compromissos acabaram, puro engano, a noite vou direto para o Guarujá.

Vou embarcar no Iate de um grande amigo empresario e vamos até a Ilha Bela onde passaremos o sabado e o domingo, visitando praias desertas em busca de colonias de pescadores carentes. Todo o fim de semana eu faço esse sacrifício, é uma promessa que fiz. Ao vistar uma praia deserta nós desembarcamos em pequenos embarcações e ali na praia, juntamente com uma equipe de jovens e dedicadas voluntárias, buscamos suprir as carencias desse povo, que enfrenta os mares em busca de sua sobrevivencia.

É uma pena que até agora, não encontramos nenhuma comunidade, por mais que busquemos por toda Ilha. É uma pena, mas vamos continuar insistindo.

Depois falam que os politicos, são isso, são aquilo, que se elegem só para roubar, fazer trambiques, negociatas, que não trabalham e tal e tal. Puro engano meus amigos, é uma vida marcada por sacrifícios de toda a espécie, uma vida de lutas e dedicação ao seu povo e ao seu país.

Domingo, voltando da Ilha Bela para o Guarujá onde o Iate do meu amigo fica ancôrado, sentado no deck, tomando uma Vodka Dinamarquesa para relaxar, juntamente com o grupo de jovens voluntárias eu comentava sobre essa ingrata fama.

Só sendo um Senador para saber o quanto a vida é dura......


sexta-feira, 29 de maio de 2009

Cinco Minutos Depois

Cinco Minutos Depois

Após um longo dia trabalho em Ribeirão Preto, com os termômetros beirando os 38 graus, e ainda com três horas de folga para tomar um vôo para São Paulo, resolvi tomar um chope em uma filial do famoso Pingüim no Shopping Ribeirão.

Cinco minutos depois, lá estava eu espiando as vitrines e aproveitando o ar condicionado. Como a sede era muita não perdi muito tempo pelos corredores do shopping, fui ao que interessa o famoso chope.
Lugar bonito, bem decorado e uma temperatura bem agradável, o chope eu vou confessar, não é do outro mundo apesar da fama, fica devendo para o Bar do Léo em São Paulo.

Cinco minutos depois chega um rapaz alto, magrinho carregando nas costas uma imensa caixa acústica. Ótimo vai ter música ao vivo, nada melhor que fazer hora, tomando um chope e ouvindo uma musiquinha.
O rapaz após falar uma gracinha para a bonita garçonete, desaparece de cena e cinco minutos depois ele volta com outra caixa acústica nas costas. Coloca a caixa no chão e some de novo.

Cinco minutos depois eu peço mais um chope e ele chega agora com dois violões na capa, encosta na parede e como um raio desaparece.
Eu peço mais chope e ele volta abraçando algo que me pareceu um teclado. Põe tudo no chão e concluo que deve ser um conjunto, ou melhor, uma banda como se fala hoje em dia. Ele some de novo.

Cinco minutos depois ele volta com um monte de pedestais caído pelo chão. Eu peço mais chope e ele some.
Mais uma conclusão, ele deve ser o ajudante do conjunto, ou seja, aquele que carrega os instrumentos e equipamentos, coitado, poderiam ter contratado mais um afinal era muita tralha para um só. O cara suava em bicas.

Peço mais um chope e agora mando vir um “Stannheguer”, estou começando a ficar nervoso, ora ele devia ter colocado a perua, o carro, ou seja, lá o que for mais próximo do bar, o bar tem saída para o estacionamento ou arrumar um carrinho, destes que usam para transporte de mercadorias dentro do shopping.

Cinco minutos depois ele volta equilibrando um monte de equipamentos eletrônicos sabe-se lá o que era amplificador, sintetizador, liquidificador, mesa de som ou sei lá o que. Ele some de novo.
Peço mais um chope e um “Stannheguer” e cinco minutos depois ele aparece com uma mala de náilon enorme e de lá sai uma quantidade enorme de fios e microfones. Ele agora tira uma sacola de dentro da mala, brinca com a bonita garçonete e vai para o banheiro. Coitado, ele precisava mesmo era de um banho.

Cinco minutos depois eu peço mais um chope e ele volta, agora todo de preto, calça, camiseta e botas de vaqueiro, um rabo-de-cavalo preso com todo o cuidado é o destaque, daquele carregador de equipamentos, que através de uma metamorfose ambulante se transforma em artista.

Ai começa o drama, montar e ligar tudo aquilo é fio que não acaba mais, liga, desliga, aperta, ajusta e ai as luzes dos equipamentos se acedem mais parecendo um painel de nave interplanetária.


Cinco minutos depois eu peço mais chope e aí começa o teste de som, um infindável de Á, Á, Á, Á, Á, Á, Á, Á, Á, som, som, som, som, som... Testando
de O, O, O, O, O, O, O, O, som, som, som, som, som... Testando
Mexe daqui, aperta duzentos botões, e ai percebe que de uma das caixas não sai som, tira o fio, aperta o fio e nada, o som não sai.

Cinco minutos depois eu peço mais um chope e de repente, não mais que de repente o som saiu como um estrondo enorme, indescritível, arrasador e ensurdecedor.
Ele pede desculpa, dá uma risadinha e volta a aquela enorme mala de náilon e de lá sai um Notbook, que é ligado a um dos indecifráveis equipamentos, será que ele vai passar um e-mail para alguém?


Cinco minutos depois eu peço a conta e um chope de saideira e nada de música, sai de lá sem ouvir uma nota musical se quer. Já no táxi rumo ao Aeroporto, sinto que estou bêbado. Cinco minutos depois, estou no balcão da empresa aérea onde sou informado que o meu vôo vai sofrer um atraso de três horas. Cinco minutos depois entro em sono profundo sentando na sala de espera do Aeroporto. Sonho com alguém que não conheço falando aos meus ouvidos: Som, Som, Som, Som, Som...

Chaves

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Você é dono de alguma coisa?

Será que você é dono de alguma coisa?
O verbo ter hoje em dia, é o mais conjugado, tanto no passado, no presente e no futuro. Eu tinha, eu tenho e eu terei...
Além de ser amplamente conjugado, é sem dúvida o mais importante.
Mas será que somos donos de alguma coisa? Eu não sei?
Eu tenho dúvidas se somos donos até de nossas vidas.

Vejam a tragédia que ocorreu em Curitiba, quando um destrambelhado, irresponsável, bêbado e Deputado Estadual, acabou com a vida de dois rapazes que tiveram o azar de estar na hora errada e no lugar errado. Dá para entender?
O excelentíssimo Deputado, encheu a cara num restaurante elegante, saiu de copo na mão, entrou no seu carro blindado e matou dois jovens inocentes.
O resultado é a dor insuportável dos pais, dos irmãos, dos amigos e a revolta da sociedade.

Os livros de alto-ajuda, as crenças evangélicas, a filosofia oriental e os milhares de “Gurus de Plantão” afirmam com toda a convicção que você deve ter o poder de dirigir a sua vida. Traçar uma rota, fazer planos, preparar o caminho e seguir em frente com uma fé inabalável em alcançar o objetivo.
Tudo bem, você faz tudo isso, e ai vem um desgraçado e acaba com tudo, deixando um rastro de sangue, dor e lagrimas.

Saímos todos os dias de casa bem cedo em busca de nossos objetivos, mesmo que seja só a sobrevivência do dia a dia, e nunca sabemos se vamos voltar. Nossos filhos vão à escola em busca de uma formação, de um futuro melhor e não sabemos se vamos revê-los mais tarde.
É de arrepiar não é?

Pelo visto, não somos nem donos de nossa vida, quanto mais do carro, da casa, da mulher, dos filhos, do cachorro e do dinheiro. Tudo é muito instável e provisório.
Passa um furacão e leva tudo embora.

Estamos sempre a mercê de alguma coisa boa ou mal.

Sem saber o que vai acontecer comigo hoje !

Eu pelo menos vou tentar:

Rir mais.
Ser menos chato.
Ser mais amigo.
Ser um pai e um avô melhor.
Beijar e abraçar mais.
Perdoar mais.
Dançar mais.
Cantar mais.
Ser mais generoso
Ser mais educado.
Ser mais verdadeiro.
Ser mais humilde.
Amar mais.
Orar mais.

Chaves